A palavra Crise vem do grego κρίσις que significa primeiramente "decisão, determinação, julgamento", mas poderíamos pensar crise como "separação, passagem estreita, afastamento", como diz o Ph.D. Luiz Almeida Martins Filho "a palavra crise é da mesma origem a palavra “crivo” que separa o duto de água em jatos menores. O crivo separa. Na peneira estão os bons e os que não devem continuar. Ao peneirar é feita a separação. Quem é bom fica, quem não deve ficar é lançado fora. Assim é a crise que estamos vivendo. Ficará quem for bom".
Um texto atribuído ao pensamento de Einstein filosofa sobre a necessidade da atitude crítica para o conhecer e o conhecer-se.
"Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la"
Painel de Filosofia e Sociologia - Ensino Médio
terça-feira, 23 de março de 2010
A “Crise” como Propulsora da Reflexão Filosófica
quinta-feira, 18 de março de 2010
Caráter
Um homem de caráter firme mostra igual semblante em face do bem ou do mal. Preocupa-se mais com seu caráter do que com sua reputação, pois sabe que seu caráter representa aquilo que ele é, enquanto sua reputação, apenas aquilo que os outros pensam. E sua firmeza de propósitos o faz com que opte pela singularidade de seu próprio julgamento.
O caráter testa-se em pequenas coisas. Num olhar, num gesto, numa palavra. Quando queremos saber de que lado sopra o vento atiramos ao ar não uma pedra, mas uma pluma. Há um provérbio dos índios norte-americanos que diz: "Dentro de mim há dois cachorros: um deles é cruel e mau, o outro é muito bom. Os dois estão sempre brigando. O que ganha a briga é aquele que alimento mais freqüentemente".
Acredito que as adversidades além de fortalecerem o caráter, revelam-no. Tornam-no mais tenaz, purificam-no.
Caráter é destino. E o destino não é uma questão de sorte, mas uma questão de escolha. Não é uma coisa que se espera, mas que se busca. O futuro de um homem está decididamente escrito em seu passado."
fonte: http://www.idph.net/artigos/nossacomunidade/ser_e_estar.php
Mitos "urbanos"
"Um mito urbano é uma história supostamente verdadeira espalhada pelo chamado ‘boca-a-boca’. Normalmente ela é divertida, às vezes um pouco estranha e até inacreditável, mas ninguém sabe quando e onde esta história surgiu. Mitos urbanos não são chamados assim porque aconteceram em um ambiente urbano, mas porque o nome se refere a um tipo mais moderno de folclore ou lenda. As pessoas acreditam nos mitos urbanos por causa da forma que eles circulam. Um amigo irá lhe contar uma história dizendo que ouviu de outro amigo que ouviu de outro amigo. Você confia na pessoa que lhe contou e ela confia no amigo dela – portanto é verdade! A tecnologia moderna ajudou a propagar os mitos urbanos, que agora chegam em forma de e-mails – e até videoclipes." fonte: http://www.discoverybrasil.com/guia_conspiracao/mitos_urbanos/conspiracao_urbanos_mitos/index.shtml |
Você conhece um mito urbano? |
segunda-feira, 15 de março de 2010
O "Poder Coercitivo" dos Fatos Sociais
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
O homem é aquilo que ele pensa
E o Homem é Mente, e sem cessar maneja
A ferramenta do Pensamento.
Com ela forja o que deseja
E cria em profusão algrias e males -
Pensa em segredo, e tudo acontece:
Seu ambiente não passa de seu próprio espelho.
James Allen
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
"Só sei que nada sei"
Ora, certa vez, indo a Delfos*, [Querofonte] arriscou esta consulta ao oráculo – repito, senhores; não vos amotineis – ele perguntou se havia alguém mais sábio que eu; respondeu a Pítia** que não havia ninguém mais sábio. Para testemunhar isso, tendes aí o irmão dele, porque ele já morreu.
Examinai por que vos conto eu esse fato; é para explicar a procedência d calúnia. Quando soube daquele oráculo, pus-me a refletir assim: “Que quererá dizer o deus? Que sentido oculto pôs na resposta? Eu cá não tenho consciência de ser nem mito sábio nem pouco; que quererá ele, então, significar declarando-me o mais sábio? Naturalmente, não está mentindo, porque isto lhe é impossível”. Por longo tempo fiquei nessa incerteza sobre o sentido; por fim, muito contra meu gosto, decidi-me por uma investigação, que passo a expor. Fui ter com um dos que passam por sábios, porquanto, se havia lugar, era ali que, para rebater o oráculo, mostraria ao deus: “ Eis aqui um mais sábio que eu, quando tu disseste que eu o era!” Submeti a exame essa pessoa – é escusado dizer o seu nome; era um dos políticos. Eis, Atenienses, a impressão que me ficou do exame e da conversa que tive com ele; achei que ele passava por sábio aos olhos de muita gente, principalmente aos seus próprios, mas não o era. Meti-me, então, a explicar-lhe que supunha ser sábio, mas não o era. A conseqüência foi tornar-me odiado dele e de muitos dos circunstantes.
Ao retirar-me, ia concluindo de mim par comigo: “Mais sábio do que esse homem eu sou, é bem provável que nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um nadinha mais sábio que ele exatamente em não supor que saiba o que não sei”. Daí fui ter com outro, um dos que passam por ainda mais sábios e tive a mesmíssima impressão; também ali me tornei odiado dele e de muitos outros.
Depois disso, não parei, embora sentisse, com mágoa e apreensões, que me ia tornando odiado; não obstante, parecia-me imperioso dar a máxima importância ao serviço do deus. Cumpria-me, portanto, para averiguar o sentido do oráculo, ir ter com todos os que passavam por senhores de algum saber. (...)
Além disso, os moços que espontaneamente me acompanham - e são os que dispõem de mais tempo, os da famílias mais ricas – sentem prazer em ouvir o exame dos homens; ele próprios imitam-me muitas vezes; nessas ocasiões, metem-se a interrogar os outros; suponho que descobrem uma multidão de pessoas que supõem saber alguma coisa, mas pouco sabem, quiçá nada. Em conseqüência, os que eles examinam se exasperam contra mim e não contra si mesmos e propalam que existe um tal Sócrates, um grande miserável, que corrompe a mocidade.
PLATÃO. Defesa de Sócrates. v.II. São Paulo: Abril Cultural, 1972. p.15
* Em Delfos, havia um templo onde Apolo dava oráculos, predizendo o futuro.
** Assim se chamava a sacerdotisa do templo de Delfos, que formulava os oráculos (n.T.).