Painel de Filosofia e Sociologia - Ensino Médio






quarta-feira, 11 de agosto de 2010

atenção: A forma como você vê os outros diz muito sobre você

É melhor pensar duas vezes antes de falar dos outros, porque suas palavras podem revelar muito sobre sua própria personalidade, mesmo aquelas características as quais você pode não estar ciente de que possui.

Essa é a conclusão de um novo estudo que afirma que a maneira como você vê os outros reflete muito sobre quem você é, incluindo tanto boas quanto más características. Segundo os pesquisadores, ver os outros positivamente revela seus próprios traços positivos. Por outro lado, suas palavras podem revelar percepções negativas de outras pessoas que estão ligadas ao narcisismo, o comportamento anti-social, e até mesmo neura.
Os participantes do estudo, estudantes universitários, foram convidados a falar sobre as características positivas e negativas de outros estudantes com os quais estavam familiarizados. Os pesquisadores descobriram que a tendência de uma pessoa de descrever outras de forma positiva é um indicador importante da positividade das características da própria pessoa. Fortes associações foram encontradas entre positivamente julgar os outros e o quão entusiástico, alegre, bondoso, cortês, e emocionalmente estável a pessoa se descreveu e foi descrita por outros.

Ver as pessoas de forma positiva também mostra o quanto as pessoas estão satisfeitas com suas próprias vidas e o quanto elas são queridas por outros. Os investigadores dizem que as percepções negativas de outras pessoas estão ligadas a níveis mais elevados de narcisismo e comportamento anti-social. A simples tendência de ver pessoas negativamente indica uma probabilidade maior de depressão e transtornos de personalidade diferentes. Os pesquisadores dizem que encontrar maneiras de levar as pessoas a ver o outro de forma mais positiva pode promover a cessação de comportamentos associados com transtornos de personalidade.
Ser excessivamente negativo ao descrever alguém pode ser uma dica de que a pessoa é desagradável, infeliz, neurótica, ou tem outros traços negativos de personalidade. Os investigadores encontraram fortes evidências de que a tendência de perceber positivamente os outros em nosso meio social é uma característica altamente estável que não muda substancialmente ao longo do tempo.

Segundo os autores, os resultados mostram que o que uma pessoa vê no outro é mais do que simplesmente a projeção da sua própria imagem. Mas pode mostrar muito de quem você é.
@hypescience.com

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Lei Maria da Penha

Desde o século XVIII as mulheres lutam por seus direitos em todo mundo. Mas no Brasil, foi apenas no século XXI que as elas finalmente ganharam uma lei específica sobre a violência doméstica: A Lei Maria da Penha. Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto de 2006, a lei alterou o Código Penal e permitiu que os agressores passassem a ser presos em flagrante ou que tivessem a prisão preventiva decretada. A lei também acabou com as penas pecuniárias, aquelas em que o réu é condenado a pagar apenas cestas básicas ou multas.

A medida alterou ainda a Lei de Execuções Penais, o que passou a permitir que o juiz pudesse determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação, o que antes não acontecia. As investigações também passaram a ser mais detalhadas, com depoimentos também de testemunhas. Antes, o crime de violência doméstica era considerado de "menor potencial ofensivo", e julgado nos juizados especiais criminais junto com causas como briga de vizinho e acidente de trânsito.

A lei foi batizada em homenagem a uma vítima real dessa violência: a cearense Maria da Penha Maia, uma biofarmacêutica que lutou durante 20 anos para ver seu agressor condenado, e virou símbolo contra a violência doméstica. Em 1983, o marido de Maria da Penha, um professor universitário, tentou matá-la duas vezes. Na primeira tentativa, ela ficou paraplégica.

Apenas oito anos depois do caso ele foi condenado a oito anos de prisão, mas conseguiu recorrer. O caso chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acatou, pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. Ele foi preso em 28 de outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão. Hoje, está em liberdade.